terça-feira, 29 de novembro de 2016

ALGO DA INTERNET (122)


ONDE SE UNEM FIDEL CASTRO, MESTRE CIBORG E UM COMUNISTA BAURUENSE

Recebi via e-mail um lindo e sentido texto de despedida ao grande líder Fidel Castro. Eis na íntegra:

“UMA PARTE DE MIM SE FOI
Sempre me causa uma enorme tristeza quando um ídolo meu, um herói, alguém a me inspirar por toda uma vida despede-se do mundo para eternizar-se na história.
Mas hoje, com a morte do Comandante Fidel Castro, uma parte de mim se foi também, porque é algo além da tristeza, sempre dizia que durante a minha vida, a sensação de perder uma parte do meu ser, de morrer por um instante, seria o de perder duas pessoas, uma meu Mestre Ciborg e a outra o Comandante Fidel Castro.
Queria escrever um mundo de palavras sobre ele neste momento, mas não consigo, lágrimas estão caindo como nunca mais achei que cairiam nessa vida após tantas turbulências que nos calejam de muitas coisas.
Viver é para morrer com honra, sem conceder em nada de nosso ideal, assim são os raros heróis, assim foi Comandante Fidel Castro.
Viva para sempre nos ideais Comandante!!!
Camarada Insurgente Marcos Paulo, Comunista em Ação”
, 27/novembro/2016.

Vou ao banco hoje junto do irmão Edson Aquino e quem trombo na saída da agência do Banco do Brasil na praça Rui Barbosa? Exatamente com CIBORG. Ele vem com suas novidades. Arrendou sua famosa e antológica Escola de Corpos Sadios (como a denomino, ninguém marombado), ali na rua Primeiro de Agosto, entre a Araújo e a Antonio Alves, no sobrado mais edificante do centro do cidade. Por décadas ele ali ensinou para gerações de dedicados alunos, a maioria saindo de lá após um período de rígido e intensivo acompanhamento com o mesmo carinho para com sua pessoa. Ele transmite amor, confiança, seriedade e dignidade. Ou seja, um professor na acepção da palavra. Dessas que não mente, não te engana, não te engambela. Se precisar dizer algo, diz e te encaminha, te conduz, te acompanha. Este um dos tantos motivos do amigo Marcos Paulo ter ele como seu melhor mestre. Pois bem, Ciborg repassou o ponto, arrendou para a também atleta e ex-secretária de Esportes de Bauru, a Polyanna e seu marido. Não deixou de praticar exercícios, caminhadas diárias e de viver da forma ais adequada possível. Um desses personagens irresistíveis de Bauru.

Paramos no Café Barres, tomamos nosso café e por lá nos juntamos ao Adilson Talon, que por instantes parou seus afazeres e foi ter com o intenso grupo. Quando já na calçada, aparece Jorge Santos, policial hoje na reserva e com uma novidade alvissareira, envergando uma camisa da polícia suíça: “Estou escrevendo como você dos personagens Lado B, os meus ligados à polícia, muitos deles esquecidos e com suas histórias praticamente na memória de cada um. Ou as reúno ou serão esquecidas. Junto também peças, com doações vindas de todos os lados e penso em criar um espaço onde possa expor tudo. A ITE está em conversação comigo e penso em outros espaços públicos”. A ideia do Lado B de Bauru segue por caminhos diversos e variados, agora um só com personagens da polícia bauruense. Tentei falei para o Jorge, disso de caminharmos por caminhos divergentes, mas nem por isso, devemos deixar de parar, conversar e com o devido respeito. Lembrei também dos acervos de Jaime Prado, de Gabriel Ruiz Pelegrina, de Vivaldo Pitta (in memoriam), de Luciano Dias Pires e tantos outros memorialistas espalhados por todos os cantos dessa cidade.

Quando só, lhe falei do texto do Marcos. Ciborg, tirou seu óculos escuros, me puxou pra junto de si e me deu um forte abraço. Depois me explicou da emoção que lhe causei. Diz ter um carinho mais do que especial pelo Marcos Paulo, um que esteve junto dele, praticamente sendo cria de sua academia. Por ter conquistado a absoluta confiança de alguém como o Marcos, um convicto comunista, mesmo nunca tendo lhe escondido o fato de ser um policial militar da reserva e também católico praticante. O fato dessa hoje quase não tolerada junção o deixa orgulhoso, pois me diz: ”Todos somos seres humanos, devemos conversar muito, dialogar, passar ensinamentos. Marcos e todos que foram meus alunos sabem da seriedade com que trabalho, com que passo tudo o que sei. Parei porque tinha que parar, descansar, mas quem me conhece sabe continuar envolvido com muitas ações sociais, dessas que não preciso dizer quais são, pois as faço sem buscar reconhecimento por isso. Faço porque acho que isso me faz um bem danado. Isso do Marcos me reconhecer dessa forma é para mim mais importante do que qualquer diploma e láureas. Ganhei o dia e é o que conta”.

Despedimos-nos todos na calçada no Empório Barres, cada um seguindo por (des)caminhos diferentes. As histórias contadas e ouvidas por cada um dos ali presentes são dessas de calar fundo, servindo para tudo o mais daqui por diante. Servem magistralmente para o bom entendimento entre os diferentes, os que mesmo em campos opostos precisam, devem, necessitam se compreender. Perder isso é de uma brutal falta de inteligência. Fico feliz como pinto no lixo por ver que meus dois diletos amigos, Marcão e Ciborg entendem e praticam isso, mas só com os ainda dialogando dentro de palatáveis possibilidades.

OBS.: Esse texto servindo para algum tipo de aproximação entre os hoje divergentes, já terei objetivo mais que cumprido. Se isso não ocorrer, mas for ao menos lido e sacarem da existência de gente com essa disponibilidade, também estarei satisfeito.

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